DIVERSIDADE

no mercado de trabalho e em espaços de poder





INFORMAÇÕES

Data: 26 de novembro

Horário: das 19h às 21h

Cadastro: das 18h30 às 19h

Local: Unibes Cultural

Endereço: Rua Oscar Freire, 2.500, Sumaré (ao lado da estação Sumaré da Linha 2-Verde do Metrô)

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PALESTRANTES

ANA MIELKE


Ana Mielke é jornalista, mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP), e especialista em História, Sociedade e Cultura pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi coordenadora de comunicação em organizações da sociedade civil e movimentos sociais, candidata a deputada estadual em 2018 e coordenadora-executiva do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.

DEBORA GEPP


Debora Gepp é socióloga pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e formada pela Stanford University no LGBTQ Executive Leadership Program. É responsável pelo Programa de Diversidade e Inclusão da Braskem, no qual conquistou o Out and Equal Excellence Awards, em 2018, como melhor empresa brasileira na promoção de ações para a população LGBTQIA+, e em 2019, o Prêmio Women in Leadership in Latin America como melhor empresa nacional na promoção da equidade de gênero. É também cofundadora da Rede Brasileira de Mulheres LBTs.

ROBSON DE OLIVEIRA


Robson de Oliveira é advogado do Escritório Demarest Advogados, pós-graduado e especialista em Direito Imobiliário. É também membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB/SP, do Comitê D Raízes no Demarest Advogados e do Fórum de Prevenção e Combate à Discriminação Racial no Trabalho do Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT/SP); coordenador do projeto Incluir Direito, programa desenvolvido pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (CESA) para o combate à desigualdade racial no setor jurídico; indicado para o Chambers Diversity & Inclusion Awards: Latin America 2019, como pioneiro em Diversidade e Inclusão no ramo da Advocacia, palestrante e autor de artigos publicados.

IARA ROLNIK (mediação)


Iara Rolnik é gerente de programas do Instituto Ibirapitanga, socióloga pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Demografia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), bolsista do Institut de Recherche pour le Développement (IRD/França), com estágio acadêmico na Universidade de Córdoba (Argentina) e Universidade IUAV de Veneza (Itália). Tem trajetória em pesquisa social e urbana no universo acadêmico e em organizações da sociedade civil voltadas ao desenvolvimento de políticas públicas e direitos humanos. Atuou como consultora da Secretaria-Geral da Presidência da República e como gerente de conhecimento do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), tendo produzido estudos e pesquisas de referência sobre esse campo no Brasil.

O QUE DISCUTIREMOS?

A população negra está subrepresentada quando posições de liderança vêm à tona. De acordo com o estudo “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas”, feito pelo Instituto Ethos em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), pessoas negras ocupam 4,9% dos postos em conselhos administrativos, 4,7% em quadros executivos e integram, respectivamente, 6,3% dos cargos de gerência e 25,9% de supervisão. Para efeito de comparação, jovens negros ocupam 58,2% das vagas de trainees e 28,8% dos espaços destinados para estágios.


O panorama de baixa representação de pessoas negras na esfera jurídica mostra-se dramático também. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 15,6% dos magistrados brasileiros são negros, ao passo que um estudo feito pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) em parceria com a Aliança Jurídica pela Equidade Racial, formada por escritórios com apoio do próprio Ceert e da Fundação Getulio Vargas (FGV), do total de brancos, 10,1% são estagiários e 48,3% são sócios e advogados juniores, plenos ou seniores - já entre negros, 9,4% são estagiários, enquanto menos de 0,1% é sócio e advogados júnior, pleno ou sênior.


Já em âmbito político, grupos identitários têm representação reduzida também. Para se ter uma ideia, 125 deputados federais na Câmara dos Deputados se autodeclararam negros, ocupando 24,36% das cadeiras da casa, enquanto mulheres representam 15% dos parlamentares, com 77 vagas - vale dizer que este número está abaixo da América Latina, cuja média é de 28,8% de mulheres parlamentares nos países da região. Para completar, há um parlamentar e um senador assumidamente homossexuais entre, respectivamente, 513 deputados federais e 81 senadores.


Diante desse contexto, a próxima edição do Vozes Urbanas contará com debate sobre o processo de discriminação nos espaços de trabalho presentes na seleção e promoção para cargos de chefia e liderança de pessoas negras, assim como a importância de representativa em cargos diretivos, políticos e jurídicos.

Confira o que rolou nas outras edições

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